sábado, 6 de maio de 2017

Quintaessência


Um halo inconfundível, em suave brisa,
me traz, tão de repente, a quintaessência
de cores e perfumes. - Simboliza!...
Constrói-se de presença a tua ausência.

Fragrância etérea e divinal desliza
teu doce aroma, em musical dolência.
Por sobre a grama, a névoa, onde se visa
a "teoria da correspondência".

Hálito puro o roseiral exala
na voz do vento que sopra cantando
e eu imagino ser tua voz que fala.

Transcende-se o mistério desvendado:
"De tudo fica um pouco", me restando
a pura essência do que me foi dado.


*Soneto com características do simbolismo


Um comentário:

  1. naquela voz que fala no vento ouvi a voz do rouxinol de Florbela Espanca. mas sim, é bem simbolista como Lord gostava

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